A sinceridade é uma qualidade muito comentada, mas ” de fato”, pouco apreciada.
Explico. Queremos a verdade quando sabemos que estamos sendo enganados,certo? Esse tipo de sinceridade é fácil para qualquer pessoa aceitar.
Quando o assunto diz respeito a nós, a sinceridade pode não ser muito apreciada, pois gostamos de pessoas que concordem com nossas percepções.
Imagine que determinada pessoa se esmerou para:
- Preparar um almoço especial
- Comprar um lindo traje e
- Cantar uma canção empolgante
O “especial”, o “lindo” e o “empolgante” são percepções da pessoa que é passível de avaliação contrária.
A pessoa que executou as atividades acima está sim esperando um aval (concordância) com sua opinião. Aí é que está o problema.
Suponhamos que não tenhamos gostado e que seguimos o princípio da sinceridade falando que o almoço está medonho, que o traje é ridículo e que a canção é horrível.
Seria constrangedor, certo? Infelizmente não podemos ser totalmente sinceros, pois iremos ofender demais.
Existem situações que a sinceridade precisa imperar, pois pode comprometer nosso próprio caráter ou empreendimento. Aí, não tem jeito. Temos que falar 100% a verdade, mas mesmo assim procurando não ofender a outra parte.
Não podemos ser frios na comunicação de nossas percepções ou iremos fomentar uma série de problemas. Falar a verdade expondo deficiências de outras pessoas perante um grupo, é receita para inimizade.
Para tudo há um momento e as pessoas merecem acima de tudo, respeito. Não estamos fomentando aqui a desonestidade, pelo contrário. O que queremos evitar, é a geração de inimizades e fomentar a forma correta de dizermos a verdade.