Arquivo mensal: junho 2017

Deixe ir

deixe

Nada pode prejudicar o desenvolvimento de nosso senso crítico e uma das coisas que é uma verdadeira barreira frente a esse objetivo, é o apego a fatos passados.

O que passou, passou. Se forem lembranças positivas, excelente. Caso contrário, não pense mais nisso.

Saudosismo que nos deixa mal, deve ser evitado ao máximo. Lembrar de coisas ou relacionamentos que gostaríamos que não tivessem acabado, mas acabaram, é colocar vários tijolos entre nossa capacidade de decidir e os fatos.

A vida não para. Os fatos se renovam diariamente e temos que estar sempre prontos para o novo.

As vezes pode ser difícil, não negamos. Mas, não podemos ter aqui meias palavras. Acabou? Dê as costas e pense nos novos desafios que com certeza estão chegando e que solicitam nossa capacidade de decisão.

Temos que abrir mão do velho para dar lugar ao novo.

Olhe e veja o quanto não sabe, é sábio.

observar

É bom para manter o ego sob controle termos certeza do que efetivamente sabemos e para isso é bom olharmos ao nosso derredor…

O que efetivamente sabemos, relativamente, é muito pouco. Dentro de um aspecto sistêmico, dominamos quase nada.

A vida é extremamente complexa e repleta de informação. Informação, que mais usufruímos do que compreendemos.

Quando falamos de compreender, falamos de dominar o assunto. Entender as bases, os fundamentos, os conceitos, as relações, causas e efeitos.

Conhecemos superficialmente uma série de coisas, o que não nos deve dar a “coragem do louco” em dissertar sobre esses assuntos.

Vamos manter o ego bem controladinho, é sábio.

A grande lição de um monge à um samurai

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Conta-se que um dia um samurai, grande e forte, conhecido pela sua índole violenta, foi procurar um sábio monge em busca de respostas para suas dúvidas.

Monge, disse o samurai com desejo sincero de aprender, ensina-me sobre o céu e o inferno.

O monge, de pequena estatura e muito franzino, olhou para o bravo guerreiro e, simulando desprezo, lhe disse: Eu não poderia ensinar-lhe coisa alguma, você está imundo. Seu mau cheiro é insuportável. Ademais, a lâmina da sua espada está enferrujada. Você é uma vergonha para a sua classe.

O samurai ficou enfurecido. O sangue lhe subiu ao rosto e ele não conseguiu dizer nenhuma palavra, tamanha era sua raiva. Empunhou a espada, ergueu-a sobre a cabeça e se preparou para decapitar o monge.

“Aí começa o inferno”, disse-lhe o sábio mansamente.

O samurai ficou imóvel. A sabedoria daquele pequeno homem o impressionara. Afinal, arriscou a própria vida para lhe ensinar sobre o inferno. O bravo guerreiro abaixou lentamente a espada e agradeceu ao monge pelo valioso ensinamento. O velho sábio continuou em silêncio.

Passado algum tempo o samurai, já com a intimidade pacificada, pediu humildemente ao monge que lhe perdoasse o gesto infeliz.

Percebendo que seu pedido era sincero, o monge lhe falou:  “Aí começa o céu”.

Para nós, resta a importante lição sobre o céu e o inferno que podemos construir na própria intimidade. Tudo são escolhas. Que possamos escolher como reagirmos as situações para construir ambientes pacíficos agindo sempre com serenidade.